A qualificação incentiva o desenvolvimento de habilidades e valores essenciais para a formação de cidadãos conscientes e responsáveis
O Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), a Federação das Indústrias do Acre (Fieac) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) realizaram a formatura do programa Radioativo na manhã desta terça-feira, 20. Os participantes foram certificados no curso “Operador de Computador”.
A aluna Keliane Matias estagiou no Palácio da Justiça, local que hoje recebeu toda sua turma para celebrar o encerramento dessa fase de aprendizagem. Apesar de ter aprendido a desmontar os hardwares e conhecido os softwares, para ela o mais importante dessa experiência foi o contato com os servidores do TJAC, pois o estágio foi uma etapa de amadurecimento para a vida adulta.
Entre as que estagiaram na Cidade da Justiça estava Ana Beatriz Pessoa, que recebeu seu certificado com sua filha Jasmine de cinco meses no braço. A superação das vulnerabilidades exigiu que ela se esforçasse para continuar o curso profissionalizante. Ela cumpriu o estágio grávida, auxiliava no atendimento do fórum, escaneava documentos e assim acredita que a capacitação lhe auxiliará a conseguir seu primeiro emprego.
O vice-presidente da Fieac, João Paulo Pereira, falou sobre a importância da geração de trabalho e oportunidades para os adolescentes. Em consonância, o diretor-regional do Senai, César Dotto, assinalou que essa é a terceira edição do programa: “desde 2019 o resultado tem sido maravilhoso, porque envolve várias instituições e empresas. Agradecemos pela parceria, porque a formação profissional nos orgulha muito”.
Já a defensora pública geral Simone Santiago enfatizou que foi uma honra contribuir com o programa: “quatro alunos estagiaram na nossa instituição e o ciclo foi concluído com sucesso. Continuem buscando novas perspectivas, porque esse é o caminho para a vitória”.
Em seu pronunciamento, o deputado Eduardo Ribeiro fez referência aos parlamentares que se empenharam para que essa boa prática se concretizasse. Nesse sentido, o superintendente regional do Trabalho Leonardo Lani diferenciou o trabalho infantil com a modalidade de contrato especial de aprendizagem. “O trabalho infantil é abominável e o contrato de aprendizagem é o seu oposto, porque está de acordo com desenvolvimento da faixa etária, sem afastar da escola, atendendo a proteção prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente, ou seja, direcionando em uma trajetória exitosa”.
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A oradora da turma foi a aluna Gilmara Sousa e entre os 19 formandos, David Santos foi premiado como aluno destaque. Então, o encerramento foi conduzido pela desembargadora Regina Ferrari. “Essa iniciativa do TJAC é uma expressão de cuidado e esperança, por meio das garantias constitucionais. Trata-se de um momento significativo porque a transformação das vidas desses jovens está vinculada com sua capacidade de sonhar”, concluiu a presidente do TJAC.
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