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    SENAI: referência mundial em educação profissional

    O SENAI completa 78 anos e nesta série de reportagens especiais, você vai conhecer um SENAI diferente: aquele que está presente em mais de 70 países


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    Com DNA estrangeiro, SENAI sempre esteve conectado com o mundo

    Criado em 22 de janeiro de 1942 com apoio de especialistas da Suíça e da Alemanha, instituição ajudou a montar nove centros de formação no exterior e hoje possui 73 parceiros em 45 países

    Nascido com DNA estrangeiro, de origem suíça e alemã, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), nos seus 78 anos, sempre esteve conectado com o mundo. Na origem, recebeu apoio de diversos países, especialmente para a capacitação de docentes e montagem da infraestrutura de ensino. Hoje, maior complexo de educação profissional e de serviços técnicos e tecnológicos das Américas, o SENAI transferiu sua expertise a outras nações e transformou em negócio a cooperação internacional.

    senaispfotofiesp Y6To7f2 webSENAI São Paulo, década de 1940 / Foto: Arquivo SENAI SP

    O SENAI conta com carteira de projetos da ordem de R$ 300 milhões em parcerias internacionais, como as firmadas com os governos do Panamá, que buscou apoio para implantação de um observatório do trabalho, e da Rússia, em torno da capacitação de especialistas. Atualmente, a instituição possui 73 parceiros em 45 países, com foco no desenvolvimento de tecnologias avançadas, qualificação de pesquisadores e cientistas, assim como na oferta de uma educação profissional cada vez mais inovadora.

    “O SENAI recebeu forte apoio internacional nos primeiros anos de sua existência e hoje retribui aos países que mais precisam ao transferir sua experiência de alto nível”, explica o diretor-geral da instituição, Rafael Lucchesi. “Além disso, o SENAI hoje realiza parcerias com instituições de renome no mundo para reforçar sua agenda de tecnologia e inovação, e oferecer uma educação profissional que responda aos desafios da 4ª revolução industrial”, complementa.

    Origem do SENAI

    Criado em 22 de janeiro de 1942, o SENAI recebeu professores suíços e alemães para capacitar os docentes que formariam os trabalhadores da nascente indústria brasileira. Outros países, como Japão, Itália e Canadá, também doaram equipamentos e ajudaram a entidade tanto a estruturar bem a qualificação de pessoas como entender a demanda das empresas industriais.

    Nos anos 1970, já estabelecida, a instituição começou a transferir seu aprendizado aos países da América Latina. Em ações apoiadas pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e pelo Ministério de Relações Exteriores, por meio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), o SENAI ajudou na estruturação do Servicio Nacional de Aprendizaje (SENA), da Colômbia, e do Serviço Nacional de Adiestramiento em Trabalho Industrial (SENATI), do Peru, entre outros.

    Um marco para o Brasil e para o SENAI foi a implantação do Centro de Formação Profissional do Cazenga, localizado a 15km de Luanda, capital de Angola, em 1996. O país africano saía de uma guerra civil e iniciava projeto de reconstrução nacional, na qual o governo brasileiro, por meio da ABC, teve papel relevante. “Foi o primeiro caso em que o SENAI se propôs a fazer um projeto de longo prazo, estruturante em outro país, levando seus quadros, ajudando a construir um centro com uma comunidade local e enviando equipamentos de indústrias brasileiras. A presença em Angola durou mais de 10 anos”, conta o gerente-executivo de Relações Internacionais, Frederico Lamego.

    Desde então, a instituição implantou outros oito centros de formação profissional no exterior: no Paraguai, em São Tomé e Príncipe, no Timor Leste, no Peru, na Guatemala, na Jamaica, em Cabo Verde e em Guiné Bissau. No ano passado, iniciou também a implantação de escolas de educação profissional no Haiti e em Moçambique. Em paralelo, ajudou empresas brasileiras que estavam se internacionalizando, especialmente na África, ao capacitar trabalhadores para os novos empreendimentos. Foi o caso das operações de petróleo e gás da Petrobras na costa da Tanzânia.

    senai002Preparação de competidor russo para a WorldSkills/2019, em Osasco (SP)

    Nova onda de atuação internacional

    Uma nova onda da atuação internacional tem ocorrido nos últimos cinco anos, com a oferta cada vez mais variada de serviços a governos, entidades e empresas. A Rússia, por exemplo, contratou o SENAI, entre 2016 e 2019, para ajudar a reformular seu sistema de educação profissional e treinar competidores para a WorldSkills, a maior competição internacional de profissões técnicas. O resultado foi a colocação dos jovens russos no topo do ranking em Abu Dhabi, em 2017, e em Kazan, no ano passado.

    A atuação internacional também ganhou novo foco com o fortalecimento da agenda de tecnologia e inovação. Já com uma estrutura de 58 Institutos de Tecnologia distribuídos pelo país, o SENAI deu mais um salto ao criar, em 2013, a rede nacional de 26 Institutos de Inovação. Para isso, contratou entidades que são referência no mundo, como a Sociedade Fraunhofer, da Alemanha, e o Massachusetts Institute of Technology (MIT). Firmou ainda parceria com o Departamento de Estado dos Estados Unidos para o intercâmbio e capacitação de pesquisadores americanos e de sua rede de inovação.

    Por meio do Edital de Inovação para a Indústria, a instituição também financia projetos inovadores no Brasil e no exterior em parceria com entidades como a Technology Agency of the Czech Republic, da República Checa; a Vinnova, da Suécia; o Newton Fund, do Reino Unido. “O SENAI desenvolve uma cooperação internacional para resultados. Projetamos a imagem no exterior do Brasil que dá certo”, conclui Frederico Lamego.


    De mestre a parceiro: cooperação Japão SENAI leva treinamento profissional para o mundo

    Japão tem sido um dos maiores parceiros internacionais do SENAI. Primeiro na montagem de escolas no Brasil e hoje na qualificação de profissionais em outros países

    No fim da década de 1970, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) se uniu à Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA) para uma cooperação que envolveu a doação de equipamentos a escolas e treinamento de profissionais. Foram mais de três décadas de apoio japonês a unidades do SENAI em quatro estados brasileiros até a parceria atingir novo patamar, com o Brasil deixando a condição de beneficiário e se tornando aliado em projetos trilaterais, nos quais a JICA passou a contar com a expertise do SENAI para treinamento de recursos humanos em países da América Latina e da África.

    japao001 web

    “A cooperação com o Brasil começou em 1959. Com o SENAI, há projetos desde a década de 1970. Em um primeiro momento, atendemos necessidades de capacitação técnica no Brasil. Hoje, a parceria continua, mas com o SENAI em outro papel. Agora, oferecendo sua capacidade técnica e experiência em projetos da JICA em países da América Latina e da África”, diz o representante sênior da JICA no Brasil, Shinji Sato.

    O primeiro projeto foi firmado para a construção do Centro Tecnológico de Eletroeletrônica (Cetel), em Belo Horizonte (MG). O gerente da escola, Enio Oliveira, lembra que a parceria envolveu transferência de tecnologia, equipamentos, modelo de dados e treinamento. O investimento foi de aproximadamente US$ 4 milhões. “O projeto teve prazo de 15 anos até que os japoneses criaram o Programa de Treinamento de Terceiros Países, no qual fizeram convênio conosco para treinarmos pessoas de outros países, como peruanos, colombianos e argentinos”, afirma Oliveira, que passou alguns meses em treinamento no Japão entre 1995 e 1996.

    O primeiro projeto foi firmado para a construção do Centro Tecnológico de Eletroeletrônica (Cetel), em Belo Horizonte (MG). O gerente da escola, Enio Oliveira, lembra que a parceria envolveu transferência de tecnologia, equipamentos, modelo de dados e treinamento. O investimento foi de aproximadamente US$ 4 milhões. “O projeto teve prazo de 15 anos até que os japoneses criaram o Programa de Treinamento de Terceiros Países, no qual fizeram convênio conosco para treinarmos pessoas de outros países, como peruanos, colombianos e argentinos”, afirma Oliveira, que passou alguns meses em treinamento no Japão entre 1995 e 1996.

    Uso de equipamentos de ponta

    Professor da Escola de Instrumentação do SENAI, em Vitória (ES), desde a inauguração da unidade, em 1987, Fernando Tadeu Rios, de 62 anos, recorda que o motor propulsor para a parceria em terras capixabas foi a implantação da antiga Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST), que tinha entre os sócios a gigante japonesa Kawasaki. “A unidade foi inaugurada em 1987 como a melhor escola de instrumentação do Brasil. Eram 32 vagas e tivemos 961 inscritos. A JICA forneceu praticamente 90% dos equipamentos. Nove engenheiros brasileiros foram em momentos diferentes fazer treinamentos no Japão em instrumentação e eletrônica”, detalha Rios, hoje dono de uma pequena indústria e professor da escola do SENAI no período noturno.

    Durante quase sete anos, os profissionais da JICA deram suporte à escola no Espírito Santo, período que ficou marcado por uma grande troca de experiência. O Japão tinha interesse em conhecer o modus operandi do SENAI. Em contrapartida, os asiáticos deixaram um legado de organização e método.

    “A parceria com os japoneses foi extremamente interessante sob o ponto de vista de planejamento, responsabilidade, comprometimento com a entrega do produto. Tudo acontecia absolutamente como planejado”, enfatiza Rios.

    Muitos dos equipamentos doados à época, apesar de serem obsoletos para uso fabril, seguem funcionando e são úteis no treinamento de novos profissionais. “Para se ter ideia, dentro do mercado de instrumentação no Espírito Santo, pelo menos 70% dos profissionais passaram pelo SENAI”, completou. Além de Espírito Santo e Minas Gerais, o SENAI teve parcerias com a JICA em escolas de Pernambuco e São Paulo.

    japao002 webJaponeses e brasileiros trabalharam juntos na década de 1980 para criar escola no Espírito Santo

    “Sentimos que contribuímos muito com o Brasil no avanço da formação de profissionais para a indústria”, diz Sato, da JICA.

    De ajudado a formador

    Hoje, o SENAI é um parceiro estratégico dos nipônicos em projetos desenvolvidos na América Latina e África. No começo da década de 2010, o Brasil deixou de ser país prioritário para receber cooperação técnica, mas a parceria com a JICA moveu o SENAI para novos projetos trilaterais, em que empresas e o governo japonês, juntamente com o governo brasileiro e o SENAI, apoiam um terceiro país em moldes semelhantes ao que o Japão fez no Brasil no passado recente.

    “Consideramos mais adequado, neste momento, aplicar a tecnologia tropicalizada do Brasil do que chegar como Japão em países em que a realidade tecnológica ainda está distante. Hoje, temos projetos no Paraguai, em Moçambique e em Angola, onde iniciamos em 2016, junto com o SENAI, a capacitação profissional de angolanos para a área de construção civil”, explica Shinji Sato, da JICA.

    Segundo ele, a cooperação técnica com o SENAI teve papel muito importante para formar profissionais no Brasil e terá papel estratégico no futuro. “Sentimos que contribuímos muito com o Brasil no avanço da formação de profissionais para a indústria. Para o futuro, almejamos parcerias muito importantes na área de tecnologia, com inteligência artificial, big data e internet das coisas”, pontua.

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